sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Crossmedia, versão 2.0

A realidade aumentada pode ser basicamente definida como integração do mundo real e elementos virtuais por determinadas tecnologias. Sua principal manifestação hoje, ou pelo menos a mais conhecida, é a “ampliação” de vídeos transmitidos ao vivo pelo computador, com gráficos virtuais.

Esta tecnologia (assim como este conceito) está sim sendo utilizada exaustivamente nos últimos tempos, tanto dentro (pasmem) quanto for a do Brasil, mas eu não seria radical do ponto de afirmar que a “realidade aumentada para simplesmente salientar na tela do computador ou do celular do usuário algo que se refere ao conteúdo de uma campanha, já virou feijão com arroz”, como diz o Gabriel Jacob, do blog Advertido. Ainda estamos engatinhando no descobrimento desta tecnologia, o problema é que nos deixamos levar muito pelo hype do vídeo. Porque não desenvolvemos uma ação de RA exclusivamente com áudio? Não é porque não utilizaremos elementos visuais que não teremos um bom resultado, basta ter criatividade. Mas não falaremos disso (agora), falaremos exatamente de como uma ação conseguiu driblar esse (suposto) “feijão com arroz”.

A JWT lançou, no Reino Unido, uma campanha que tenta fugir do “lugar comum” da realidade aumentada juntando em uma única ação três “lugares comuns” (dois, na minha opinião, muito mais batidos que a RA). A ação utiliza um QR Code, veiculado em determinadas revistas britânicas, para ativar o Layar, plataforma de RA para smartphones com Android (o que ao meu ver restringiu consideravelmente o público, já que o sistema da Google ainda tem pouco marketshare), que apontará caminhos para a concessionária da Mazda mais próximas do usuário – a partir do suporte do sistema GPS do Google, claro.


A campanha é realmente curiosa, muito bem idealizada.
A integração dos serviços realmente é um diferencial, mas não achei que fugiram do feijão-com-arroz; não foram dadas utilizações diferentes ás ferramentas, cada uma delas foi utilizada da mesma forma como seria individualmente, a JWT apenas encurtou caminhos: o QRCode tirou o usuário do suporte físico e levou para o virtual, link usuário com mundo virtu o Layar, o Layar e o GPS apontaram caminhos. Nada de novo.

Fontes: Mazda mescla R.A. com QR Code e GPS.

2 comentários:

  1. Achei interessante a campanha, onde tudo é moderno, até ao chegar no carro!! Muito sofisticado!! E também concordo com Ian, qdo se refere ao trivial, e não a inovação q poderia ser feita no contexto do comercial a partir das tecnologias mostradas!

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  2. E pelas bandas de cá a Talent criou uma ação para a Sony, que leva a balada para o celular. O novo modelo Sony Ericsson W395 Walkman, com amplificador de som, que coloca nas ruas um "Disco taxi". Depois mando a matéria pra lista.

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